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terça-feira, 26 de abril de 2016
Krokodile
Cerca de dez anos atrás, os médicos russos notaram o aparecimento de ferimentos e marcas no corpo de alguns dependentes químicos. Pacientes em hospitais da Sibéria e do Extremo Oriente da Rússia apresentavam pedaços de carne que tinham uma coloração escura e começavam a descamar, como se fosse a pele de um crocodilo.
Em pouco tempo, eles descobriram o que causava tal reação no corpo: os pacientes estavam injetando uma nova droga que foi batizada, como era possível prever, de “krokodil”. Embora a palavra signifique “crocodilo” em russo, alguns defendem que o nome da substância vem de um dos principais compostos da droga, a alfa-clorocodida.
Na mesma época, vídeos que mostravam os efeitos da droga devastadora – que recebeu o nome de desomorfina quando foi inventada para uso médico em 1932 – logo surgiram na internet. Apesar do uso da substância como entorpecente ter surgido na Rússia, acredita-se que a droga já tenha chegado aos Estados Unidos e tudo indica que podemos ter uma epidemia em breve.
O preço do vício
Um dos principais motivos para o grande uso e a disseminação da krokodil é que se trata de uma substância fácil de ser produzida – qualquer pessoa consegue preparar a droga com ingredientes encontrados em farmácia e alguns utensílios de cozinha.
O ingrediente ativo da krokodil é a codeína, um opioide leve que pode ser encontrado com facilidade em muitos países. Os usuários misturam a codeína com uma série de outros ingredientes, como thinner, ácido clorídrico, fósforo (que eles raspam de caixas de fósforo), entre outros.
O resultado é um líquido amarelado com um cheiro ácido forte capaz de imitar os efeitos da heroína por um custo muito menor. De acordo com a Time, uma dose da krokodil custa alguns dólares, enquanto uma dose de heroína pode chegar a cerca de 20 dólares na Europa.
Mesmo não gastando muito dinheiro para conseguir os efeitos, os dependentes da krokodil pagam com a própria vida. A expectativa de vida de um usuário é de dois a três anos. Nos locais em que a droga é injetada, é comum que os vasos sanguíneos se rompam, que o tecido comece a apodrecer e, algumas vezes, descole dos ossos e caia em pedaços. Esses efeitos colaterais deram à substância um novo apelido: a droga zumbi.
O panorama da dependência
Rapidamente, a krokodil se tornou popular entre os dependentes na Rússia. Em 2005, a agência de narcóticos do país afirma ter registrado apenas casos de um único uso da substância. Seis anos depois, a agência confiscou 65 milhões de doses apenas no primeiro trimestre de 2011. No mesmo ano, a disseminação da droga cresceu e milhões de dependentes foram identificados na Rússia.
A iminência de uma epidemia é alarmante para os responsáveis. Além de ter crescido surpreendentemente na Rússia, notícias do uso da krokodil já começam a aparecer em outras partes do mundo. Em outubro, um relatório publicado no periódico online American Journal of Medicine confirmou o caso de um dependente de 30 anos do estado de Missouri, nos Estados Unidos, que perdeu um dos dedos e sofreu com o apodrecimento da pele depois de injetar a krokodil.
A proibição da venda de codeína nas prateleiras aconteceu em 1º de junho de 2012 e fez com que os números diminuíssem consideravelmente.
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Já teve alguma experiência com a droga? conhece alguém que teve? deixe nos comentários. Não colocamos fotos de usuários de krokodile, pois são imagens fortes. Não recomendamos que procure imagens sobre, pois algumas delas podem ser até perturbadoras.
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